A Higiene do Trabalho, também conhecida como higiene ocupacional ou industrial, é uma ciência incluída na segurança e medicina do trabalho, dedicada a antecipar, reconhecer, avaliar e controlar os riscos (físicos, químicos, biológicos e ergonômicos) existentes no ambiente de trabalho, que possam trazer prejuízos á saúde, ao bem-estar e enfermidades à vida dos trabalhadores.
Ela foi reconhecida profissionalmente em agosto de 2014, principalmente por ter sido incluída na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) - que de acordo com o MTE, é “um documento que reconhece, nomeia e codifica os títulos e descreve as características das ocupações no mercado de trabalho brasileiro.” - Como tipo de ocupação surgiu o Higienista Ocupacional e o Técnico em Higiene Ocupacional.
No Brasil, existem Norma Regulamentadoras que regem a Higiene Ocupacional. A NR-9, por exemplo, trata da criação de um Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) nos locais de trabalho.
Para conhecer as normas relacionadas à Higiene Ocupacional basta acessar o site da Fundação Jorge Duprat e Figueiredo - Fundacentro de Segurança e Medicina do Trabalho, vinculada ao Ministério do Trabalho e Emprego.
O desenvolvimento da tecnologia trouxe benefícios enormes para o homem. Porém, esse avanço trouxe problemas para à saúde, onde os trabalhadores ficaram expostos a diversos agentes nocivos, trazendo consequentemente doenças ocupacionais ou danos ao seu organismo.
As doenças ocupacionais são resultados de exposição a algum fator de risco relacionado ao trabalho. Geralmente, são silenciosas e podem incapacitar ou matar trabalhadores, quer seja por falta de atendimento médico, diagnósticos errados ou a demora em procurar ajuda especializada.
Conforme os dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), cerca de 2,34 milhões de pessoas morrem por acidentes ou enfermidades relacionadas ao trabalho a cada ano. Desse total, aproximadamente 2 milhões de mortes são causadas por doenças relacionadas ao trabalho. Com relação às doenças ocupacionais, surgem 160 milhões de novos casos. Existem diversas técnicas e medidas para evitar isso, pois não há como resolver o problema das doenças ocupacionais, sem haver a prevenção de riscos dentro dos locais de trabalho. Esse é um dos objetivos da Higiene Ocupacional.
Importante ressaltar também que existe uma diferença entre Doença Ocupacional e Doença do Trabalho. A primeira está relacionada a função realizada pelo trabalhador, já a segunda refere-se ao ambiente ou as condições a que o funcionário é exposto. Todas as doenças ocupacionais podem ser consultadas por meio da Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho.
É a fase responsável pela avaliação dos potenciais riscos e a criação de medidas preventivas, antes que seja iniciada a utilização em escala industrial. São medidas realizadas antes da criação de um local de trabalho, onde são analisados os projetos para criar novas instalações, os equipamentos, as ferramentas, matérias-primas, processos de trabalho ou alterações.
É feito um levantamento detalhado sobre o ambiente de trabalho, com o objetivo de identificar aos agentes existentes, os riscos associados a eles e a prioridade de avaliação e controle do local de trabalho. Nessa etapa, é necessário entender o efeito de um determinado processo nos trabalhadores ou no meio ambiente.
Etapa onde são coletadas informações para verificar as prioridades de monitoramento e controle ambiental, são interpretados resultados das medições representativas das exposições, a fim de contribuir para a criação das medidas de controle. Essa avaliações determina por quanto tempo ou vezes o trabalhador pode ficar exposto a determinado local de trabalho.
São selecionados meios, medidas e ações para reduzir, controlar ou neutralizar, em níveis aceitáveis, risco ambientais, com o intuito de amenizar os efeitos a valores adequados com a preservação da saúde, do conforto e bem-estar do funcionário. A ordem de prioridades das medidas de controle devem ser: controle na fonte do risco, controle na trajetória do rico e controle no receptor (trabalhador).
São aqueles causados por agentes químicos, biológicos, físicos e ergonômicos, além de riscos de acidentes que podem ocorrer no ambiente de trabalho. Eles são capazes de causar danos à saúde e integridade do trabalhador, dependendo do tipo, da concentração/intensidade ou do tempo em que ele ficou exposto.